Nenhum passageiro gosta de “meia roda”, “roda presa” ou “casca dura”. Já os motoristas temem o “camisa branca” ou o “chefia”.
Não entendeu nada? Estes são alguns dos principais termos usados por funcionários do setor de transportes.
Em homenagem a este “dialeto” que surgiu no dia a dia das garagens, o BRT de Sorocaba criou um glossário.
A lista de palavras e expressões foi gerada com base no dia a dia dos rodoviários de Sorocaba (SP).
Seja nos terminais, nas estações, nos pontos de parada, na garagem ou dentro dos ônibus, o “transportês” é a língua-mãe que conecta todos os colaboradores e ajuda na comunicação diária durante a realização das atividades.
Entre funcionários é comum ouvir que um colega é “padrão”, que no começo do trajeto “bate lata” ou que chegou o momento de “bater lavanca”.
Aqueles que conseguem uma escala boa são chamados de “peixe”. Se for motorista novato é batizado de “calça branca”.
Além disso, todos os dias próximo ao meio-dia é “hora do galo de briga”. Por não serem expressões comuns para o público geral torna-se difícil de entender, mas dentro das empresas BRT e Consor, a comunicação flui muito bem.
Confira o glossário e fique por dentro:
Bater lata: andar com ônibus vazio.
0800: passageiro gratuito.
Padrão: dirige articulados.
Peixe: tem a melhor escala.
Meia roda: motorista barbeiro.
Roda presa: motorista lerdo.
Pegou ar: o motorista ficou bravo.
Casca dura: motorista grosseiro.
Calça branca: motorista novato.
Camisa branca: fiscal.
Chefia: supervisor.
Bater lavanca: hora de trabalhar.
Passariando: motorista que anda com o ônibus em zigue-zague.
Encarroçado: quando o manobrista passa para o motorista.
40 janela: ônibus.
Hora do galo de briga: almoço.
QRX: refeição ou lanche.
Pelego: puxa saco.
QRU: namorada/esquema.
B.O: problema.
Treta: briga ou encrenca.
QTH: local.
QTR: hora exata.
QSL: entendido.
QTA: deixa quieto.
QTO: banheiro.
X9: quem entrega.
TKS: obrigado.
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