Igualdade de oportunidades e salário para as mulheres do transporte é uma realidade em Sorocaba

 

 

De cargos de liderança à operacional, as mulheres estão conquistando mais espaço no mercado de trabalho e a igualdade de gênero deve ser uma realidade em diversos setores. Nas empresas BRT Sorocaba e Consor, ambas do segmento de transporte coletivo, as 189 profissionais mulheres possuem as mesmas oportunidades de trabalho e salário assim como os colegas do sexo oposto.

Andréa Liupekevicius 🚺, Líder e Supervisora de Recursos Humanos, destaca que ofertar oportunidades em patamar de igualdade é algo necessário para combater ambientes discriminatórios e criar um espaço para que homens e mulheres usufruam de oportunidades iguais para o desenvolvimento profissional. Todos possuem aptidões e precisam ser vistos e respeitados por suas habilidades.

“A igualdade de gênero é urgente para a sociedade como um todo e precisamos falar sobre isso. Estamos aproveitando a data comemorativa do Dia Internacional da Mulher (8/3) para reforçar a importância de trazermos equilíbrio para este cenário. Sabemos que é um grande desafio, mas já temos exemplos que inspiram. Nas empresas BRT e Consor, as profissionais são reconhecidas pela qualidade do trabalho que entregam. Por características inatas do feminino, elas desenvolvem as atividades com muito capricho e atentas aos detalhes. Com isso, sempre agregam valor onde chegam. Isso é perceptível”, destaca.

A especialista em gestão de pessoas ressalta que as empresas precisam lembrar que as mulheres são responsáveis por movimentar a economia, atuam no mercado de trabalho, nas tendências, em pesquisa, na inovação, na transformação social e nas perspectivas de futuro. A população no Brasil é formada por mais de 214,8 milhões de pessoas e, desse total, mais de 109,8 milhões são mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Ou seja, elas são a maioria.

“Encorajo as empresas a olhar com atenção esse quesito e buscar a implementação de uma agenda positiva que traga ações e oportunidades para as mulheres. Estudos indicam que a inclusão de gêneros impacta positivamente para a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento econômico, pois possibilitam que um maior número de pessoas tenha oportunidade de trabalho”, conclui Andréa Liupekevicius.

ELAS no transporte coletivo

No setor de transporte de Sorocaba, elas estão na direção de um ônibus, na mecânica e manutenção de grandes veículos até a liderança de setores. Para saber um pouco sobre a realidade na cidade, três mulheres do transporte falam um pouco sobre suas vivências.

“No transporte, comecei prestando serviço dentro do órgão gestor de transporte do município, depois, segui para o setor privado. Antes de me tornar “Fiscal Controladora de Tráfego”, ocupei as funções de operadora e fiscal. Hoje, minha prática diária é monitorar chegadas e partidas dos ônibus, verificar a operação e registrar as ocorrências do dia-a-dia. Sou aquela profissional que fica no terminal de ônibus atenta a todos os detalhes para manter a qualidade do serviço de transporte. Fiscalizo as condições de tráfego para que a operação siga dentro do planejado. Amo o meu trabalho porque todos os dias nossas rotinas são diferentes, não se tornando uma jornada repetitiva. Para mim, tudo que você realiza com amor se torna diferenciado”, frisa JORDANA LÚCIA RODRIGUES 🚺, 41 anos, Fiscal Controladora de Tráfego e há 20 anos no setor de transporte.

“Ter oportunidade de concorrer a promoções dentro das empresas é fundamental para seguir conquistando novos espaços. Até chegar onde estou, tive um caminho a trilhar. Comecei trabalhando na limpeza interna e externa dos ônibus, depois me tornei lavadora, após um tempo surgiu uma oportunidade de entrar para fazer requisições de peças no almoxarifado e acabei atuando neste setor. Após 3 anos no almoxarifado e as vivências que tive, me prepararam para que eu chegasse onde estou que é o controle de manutenção, área que trabalho no momento. Estou a 11 anos no Consor, me sinto contente por ter o meu espaço e ser respeitada por ele. Sou mãe, avó, mulher e profissional realizada pelas escolhas que tive e fiz”, ressalta MARIA HELENA FOGAÇA 🚺, 48 anos, Controladora de Manutenção e há 20 anos no segmento.

“Aqui, os primeiros passos foram como recepcionista na portaria. Ficava responsável pelo controle de entrada e saída de pessoas e veículos da garagem. Nesta função, fui trabalhando e mirando a possibilidade de crescer. Foi aí que decidi que gostaria de me tornar manobrista. Busquei informações sobre o que seria necessário, estudei e fui me preparando para quando tivesse uma chance. Tempo depois, consegui o cargo de manobrista onde fiquei por dois anos. Estava contente com a minha função, mas, a cada dia sonhava mais alto e queria ser motorista. Me dediquei, segui trabalhando, até que um dia fiz um treinamento para motorista. Não imaginava que a minha vida mudaria a partir dali. Sem saber, o meu treinamento deu frutos. Logo após concluir o treinamento fui chamada para exercer a tão sonhada profissão. Estou há quatro anos como motorista, me orgulho muito e amo o que faço”, destaca ANA LÚCIA SILVEIRA 🚺, 53 anos, MOTORISTA e há 18 anos no transporte.

 

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